Você já precisou fazer saques ou pagamentos e foi obrigado a desistir ao notar que estava sem o cartão ou havia esquecido a senha da sua conta? Situações como essas geram muita dor de cabeça, mas devem ficar no passado se depender das novas possibilidades que a aplicação da inteligência artificial tem proposto aos bancos.
O uso da tecnologia está reinventando a forma de fazer transações. Se antes, era necessário andar com um passaporte físico para ter acesso aos serviços num terminal eletrônico, hoje, basta aferir a leitura das digitais por meio da biometria.
Menos burocrático e mais seguro
O método é seguro, evita fraudes e a frustração de não conseguir usar determinados serviços por esquecer algum dado.
Os recursos biométricos fazem uso de informações que o corpo humano oferece e não podem ser repetidas de pessoa para pessoa – como a impressão digital, íris e formato do rosto – criando um ciclo de segurança que promove ganhos significativos. Apenas o indivíduo cadastrado conseguirá ter acesso, diferente dos métodos convencionais que podem ser facilmente clonados e utilizados por terceiros.
A tecnologia também vem para dar uma nova cara à aprovação de crédito, tornando tudo menos burocrático e ágil. Diversas bandeiras de cartões já simplificaram o processo por meio da biometria facial. Os clientes baixam o aplicativo da empresa no smartphone, digitam suas informações pessoais, fazem uma selfie que serve para o registro da biometria onde é captada a estrutura óssea do candidato e é só esperar a aprovação. A avaliação do histórico de crédito é feita no ato do procedimento e as compras em lojas online com o cartão virtual são autorizadas assim que o perfil for liberado.
A aceitação da biometria no mercado é alta, o aumento da sua presença em cada vez mais operações e estabelecimentos é uma evidência que já conquistou o seu espaço. Especialistas acreditam que é questão de tempo para que o recurso aposente as formas habituais e se consolide como único meio de identificação.
Direito do cliente
Mesmo com toda promessa de facilidades embutida no pacote da biometria, as instituições bancárias são estão credenciadas a tornar o procedimento obrigatório ou de fazê-lo sem o consentimento do cliente. Caso o indivíduo se recuse a fornecer os dados biométricos (digital, facial ou íris), o banco deve acatar sua decisão e dispor formas alternativas de acesso aos serviços por meio de senhas alfanuméricas ou perguntas de confirmação de segurança.
O direito está assegurado pelo Projeto de Lei 8417/17 aprovado no ano de 2017 na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados, em Brasília.